Como é estranha a medição do nosso tempo...
Existe o tempo de cada um e o tempo do Mundo. O relógio marca as horas, as distâncias entre o dia e a noite. E todos os dias o Sol nasce independentemente da nossa vontade. E a noite cai mesmo que não queiramos que ela venha. E assim se passa o tempo que trazemos para nós mesmos. Por vezes, vivemos como se ele não passasse ou desejamos que ele passe mais depressa, quando, senhor dos seus ponteiros, governa todos os momentos dos nossos dias.
Como é estranha a medição do nosso tempo...
Marcamos a cadência do coração pelas batidas por minuto e que tempo lhe damos para que ele sare, ou o que fazemos todo o tempo para que ele não adoeça? Não será uma ironia sermos comandados pelo tempo e sermos senhores do nosso tempo?
Como é estranha a medição do nosso tempo...
Damos tempo ao coração, aos amigos, à família, ao trabalho e a tudo o mais que exija um pouco do nosso tempo, mas que fazemos com o tempo que nos é concedido a cada dia à nossa vida? Paramos no tempo? Aceleramos? Perdemo-lo? Aproveitamos?
Como é estranha a medição do nosso tempo...
Que tempo me dou a mim? Que tempo o tempo me dá?
Trago comigo o tempo do passado, espero pelo que virá e que faço eu com este presente que, a todo o momento se torna eterno?
Tal como ninguém se abriga na chuva em dia tormentoso, também a história da nossa vida não se faz sem tempo.
Trago comigo o tempo do passado, espero pelo que virá e que faço eu com este presente que, a todo o momento se torna eterno?
Tal como ninguém se abriga na chuva em dia tormentoso, também a história da nossa vida não se faz sem tempo.
Como é estranha a medição do nosso tempo...
Tal como dizia o poeta, há um tempo para chorar e outro para sorrir, há um tempo para partir e outro para voltar. Qual o tempo de uma árvore que acolhe a si os ramos que nela crescem? Quantas mãos tocam a rocha que é deixada eternamente ao sabor do vento?
Como é estranha a medição do nosso tempo...
Qual é o tempo da nossa eternidade? O tempo colhe a juventude e traz a sabedoria. Recordar-te-ão não pelo que tens, mas pelo tempo que lhes pudeste conceder.
Olha para as tuas mãos com calma e recorda o que já acolheram, o que fizeram, tal como um bordado perfeito sem esquemas de revista e verás o que fizeste com o teu tempo. E só com o tempo chegamos à conclusão de que um monstro passou a ser apenas uma sombra fugaz e uma montanha inacessível uma ligeira inclinação.
Olha para as tuas mãos com calma e recorda o que já acolheram, o que fizeram, tal como um bordado perfeito sem esquemas de revista e verás o que fizeste com o teu tempo. E só com o tempo chegamos à conclusão de que um monstro passou a ser apenas uma sombra fugaz e uma montanha inacessível uma ligeira inclinação.
Como é estranha a medição do nosso tempo...